Ela é um segredo. Essa foi a melhor definição que eu pude encontrar. Não sou tão esperto.
Correto?
Ninguém sabe.
Como essa pessoa pode ser tão especial se está dividida em pedaços? Fraturada em cada vida que teve que viver. Não por opção, mas por obrigação.
E Junto com cada uma das vidas que teve que abandonar, deixou para trás partes de si. Partes que nem sabia que a integravam, partes que não teve tempo de entender.
A pessoa que detém todas as certezas só tem a certeza de que está incompleta. Prefere não juntar o que sobrou para não sentir falta do que desconhece, Ou de tudo aquilo que não teve tempo de aprender.
Já tão cansada de elogios sobre tudo aquilo que é tão obvio, ela não busca mais admiradores ou pessoas capazes de compreender o que ela mesma não procura. Prefere olhar para trás e ver tudo o que já não lhe pertence mais. O que é distante; tudo aquilo que parece perfeito, e que a distancia torna seguro de guardar na memória.
Ela tem medo. Tem medo de expor tudo aquilo que não é obvio. Prefere não saber. E mais do que tudo. Prefere que não saibam. Segredo.
Mas o pior de admitir é que ela realmente é especial. Não só em cada palavra que escreve, mas também em cada palavra que deixa de libertar. Bobagem. Isso deve ser besteira minha, sou só mais uma das repetições do mundo que a cerca.
Sendo assim, vou juntar-me ao mar de repetições em que ela navega. Garanto que consigo me misturar com facilidade.
Eu sei. Eu sei, sou só mais um peixe no oceano. Mas pelo menos eu sei que sou um peixe.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
As Palavras e os Soldados.
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2 comentários:
Cada um vive da forma que achar mais confortável, não importa se for em pedaços ou por inteiro.
Gosto desse!
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