domingo, 18 de julho de 2010

"Cada coisa tem um instante em que ela é. Quero apossar-me do é da coisa”. C.L

Deixei de querer já faz muito tempo. Deixei de tentar. Agora aderi a uma nova postura; o Fazer. Mas parece que estou preso nisso. Nisso ter vontade de ser livre.

Bem aqui. Parado. No lugar em que Para fazer, antes eu tenho que ‘querer ter feito'. Estou preso nas palavras e em seus jogos mentais. Nunca estarei livre de querer. Só por isso eu quero ter feito aquilo que tem efeito sobre suas respostas, sempre tão rápidas e objetivas. Ter planos que de tão simples pareçam ser perfeitos. Ter o controle, mesmo que só para obedecer.

Patético? Todos têm o direito de ser.

O 'querer' existe para nos dar permissão. Aquela em que você se pergunta: “Eu posso ter vontade de querer isso?”

-A resposta é não. Você não consegue.

-Então estou livre agora?

-Já chega, Pare de me torturar com filosofias de botequim.

Pensando bem. Pensando mal. Acredito que somos julgados pelas nossas memórias. Talvez esse seja o caminho que abre as portas do paraíso.
Não costumo acreditar que somos julgados pelo que fizemos de bom ou de mal em nossas vidas. Todos erram de propósito e acertam sem querer, é um Fato. Na verdade somos julgados com a seguinte pergunta:

“O que você lembra da sua vida ? "

Se você foi bom ou mal, isso já não importa mais. Você só lembra daquilo que foi importante para você, as coisas que você não quer reviver, são esquecidas.

O que é importante para mim? As coisas boas ou as ruins?

Eu gostaria de poder escolher minhas memórias. Gostaria de fazer isso. Mas para tal eu tenho que querer, e sabemos que não vou me render ao ‘querer’.

Estou ficando maluco? Pena que já sou.

Eu sei que vou sair dessa. Terei que sair. Mas por hoje, só Por hoje vou aproveitar a minha pitada de insanidade. Porque o Quão antes eu perceber que sou maluco, mais rápido começo a escolher minhas memórias. E eu já sei por onde começar.

Vou começar esquecendo que quero esquecer.

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