quarta-feira, 14 de julho de 2010

Mesmo sem levar para o mal sentido, eu Prefiro as respostas.

Vivi o pouco tempo que precisei para saber que realmente estive vivo.
E nesse meio tempo, perdi as contas de quantas vezes fui feliz. Mas nunca me importei em contar quantas vezes não fui.
Sem o peso do arrependimento, me esquivo do carma de ser um herói. Estou cansado.


Por vezes digo que eu não quero ser ruim. Mas quero o mal ao meu lado. Eu sei, eu sei, Todos querem culpar alguém pelas coisas ruins. Mas Todos sempre querem um Mártir; alguém para ser um exemplo, estampar camisetas ou dar nome a uma rua. Eu prefiro culpar a sorte. O mal é só um dos lados da sorte, a mesma sorte que te arrasta no suplício indizível em que o seu ser se emprega em nada. Nada mais do que minhas Listas com respostas prontas do que dizer quando não se tem mais palavras.

Mesmo que novamente me venha àquela vontade de culpar alguém, eu sei que não vou lutar contra isso. Vou acabar dizendo "Desprezível? Ele é um desgraçado, e daí? Eu sou o Juiz do meu próprio mundo. Julgo-te culpado pelos meus erros". Pena que Sou fraco de mais para minhas respostas.


E no final de tudo, vou olhar-te nos olhos e dizer como sou especial ou o único capaz de te entender.

Você vai querer a verdade? Tudo bem! A verdade é que eu não quero te entender. Você me cansa.
Vou acabar te dizendo quantas vezes fui eu mesmo e você vai chorar. Mas eu não vou me importar. Não quero. Eu sei que não menti para você. Não menti para mim. Tanto faz. Vou acabar arrumando um culpado para tudo. Um para cada dia do ano. Um para cada vez que esqueci que fui feliz.
Eu preciso de um culpado. Preciso da minha dose de: "Desprezível? Ele é um desgraçado, e daí? Eu sei que não deveria te julgar mais de uma vez". Mas eu vou te julgar quantas vezes eu quiser. Todas as vezes que eu precisar de um culpado. Toda vez que eu precisar se eu mesmo. Eu sei. Sou um desgraçado. Mas a culpa não é minha.

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