sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
-Because I'm selfish. And I think I'll be happier with her.
Mesmo que fora de compasso, o andar da noiva é cheio de graça.
Com aquele olhar “tem certas coisas que eu não sei dizer”.
E nem mesmo o dono da verdade poderia desvendar.
Assim como um sorriso.
...Daqueles de causar inveja aos infelizes de plantão.
Passo á passo; Assim como foi ensaiado durante uma vida.
Ou para tudo aquilo que parecia ser tão natural.
Segue a nota de que ela se apegou aos detalhes.
...Cores, rosas, toques.
De tons amarelados e firmes, crescentes e singulares.
Pena que você não sabe. Te fiz em vidro para te quebrar em luz.
Me diz...
Sabe quando é único?
Verdadeiro?
Ela sabe.
Talvez por isso tenha aquele olhar de admiração.
Livre e inocente por acreditar que as pessoas podem realmente se amar.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Pequenas coisas
E apesar de tudo...
As farpas nem sempre machucam.
São tão imprevisíveis. Pequenas e fortes.
Significa tudo o que é simples; Capaz.
Se faz presente e forma unidade com tudo o que desconhece.
Parece destinada a entender e tornar duvidoso.
Brilha mais; e por ter luz própria ilumina a todos sem distinção.
Desperdiça olhares, e sente o toque pesar leve sobre o seu rosto.
Cortando fundo.
Rebatendo o frio e brilhando ainda mais.
O pequeno ocupa muito espaço.
E faz de tudo por um olhar.
O Que torna as pequenas coisas tão especiais.
Tão simples.
São como as farpas. Pequenas e fortes.
Meu bem. Aprende comigo:
Depende do não
A alegria do sim.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Flap.
Parte 2.
II
O sol já havia despertado do seu sono a mais ou menos 8 horas, e a luz do dia já brilhava em todo o quarto de Renata.
-Renata, já está na hora de acordar- Uma voz feminina ecoou, saindo de dentro da casa para o quarto da garota, que ainda um pouco tonta de sono despertava dos seus sonhos. Pressionou as mãos contra o rosto e esfregou os olhos.
-Já vou mãe- Gritou Renata com todo o ar que conseguiu guardar em seus pulmões. Saiu da cama em um pulo, e caiu com o pé esquerdo como de costume. Ela não era supersticiosa ou tinha crenças de sorte ou azar, gostava apenas de perder o equilíbrio de manhã quando saia da cama.
A menina já tinha despertado do seu sono. Prontamente tomou banho, Colocou a farda da escola e caminhou em direção a cozinha da casa; Mas alguma coisa impediu que a garota saísse do quarto.
-Quem falou isso? Perguntou Renata.
- Alguma coisa impediu que a garota saísse do quarto. Renata perguntou, ‘ Quem falou isso’, e permaneceu aguardando a resposta durante algum tempo- Uma voz que saia de dentro do quarto estava estranhamente narrando o que a menina fazia.
-Quem é que está falando essas coisas? Novamente a menina perguntou para o quarto.
-Novamente a menina pergunta e não obtém resposta alguma- Aquela voz grave continuava a narrar tudo o que a garota estava fazendo, como se fosse um daqueles filmes baratos que Renata costumava assistir na TV.
-Olha aqui, eu não sei quem é você, ou porque está fazendo essa graçinha, mas quero logo dizer que não estou gostando nada disso- Ela estava de braços cruzados, olhar fixo, e batendo o pé no chão com impaciência.
-Você não está gostando?- então a voz que antes narrava tudo começou a chorar. – Você não está gostando! Eu sei, eu sei, eu não sou bom mesmo, nunca vou ser um bom escritor- E continuou a chorar.
-Calma, calma, não chore, não foi isso que eu quis dizer- A menina agora estava mais assustava do que antes. De quem poderia ser aquela voz estranha?
-Então ela pede para que a voz pare de chorar e diz que está adorando a narração- A voz volta a ecoar pelo quarto.
-Olhe só, eu também não quis dizer que estou adorando nada, e se você for continuar com isso eu vou embora.
-Não, não, me desculpe- A voz voltou ao seu pranto inicial. – Me desculpe Renata, é que eu não sei mais o que fazer.
-Como assim você sabe o meu nome? Olha, vamos fazer o seguinte. Primeiro você me diz quem é você, e depois eu vejo se posso te ajudar. Combinado assim?
-Tudo bem, então vamos fazer do seu jeito senhorita.
Sendo assim:
- Veja, Eu estou bem aqui, está me vendo?. Aqui, bem na mesa onde ficam os seus livros, do lado direito da pilha de papeis de carta; está me vendo?
-Estou sim senhor. Olá senhor calendário- Renata estava maravilhada com o fato de estar falando com o seu calendário, mas algo não estava bem com ele, ele chorava muito e parecia estar preocupado.
-Olá senhorita Renata, como está?. Saiba que é uma honra ter essa oportunidade.
-Estou bem, mas pelo visto, me parece que não está nada bem com o senhor. Posso saber o que se passa? Talvez eu possa ajudá-lo em alguma coisa.
-A senhorita é muito gentil, mas creio que o meu problema não tenha solução.
-Ora senhor calendário, todos os problemas tem solução. Vamos começar assim, o senhor tem um nome? Tudo fica mais fácil com nomes.
-Vejamos, quando eu escrevo, gosto de assinar usando o nome Darck Pipoqueiro, acho que dá um peso maior sabe... Darck Pipoqueiro, sente o drama?
- Darck Pipoqueiro?
-É isso mesmo. Nome legal não é? Eu sabia que você iria adorar – O calendário que antes chorava, agora estava radiante.
-Você não tem um nome de verdade? Tipo: João, Pedro, Carlos?
-Na verdade tenho, mas eu não gosto muito do meu nome.
-Qual o seu nome verdadeiro senhor calendário?
- Está bem, está bem. Vou te dizer, mas fica em segredo, ouviu? Só entre nos dois.
Respirou fundo e disse:
-O meu nome é Bom Filho Persegonha.
-Tudo bem senhor Persegonha, qual o seu problema?
O calendário colocou-se a chorar novamente, chorou durante algum tempo e então falou:
-Já estou muito velho, a minha vida já está chegando ao fim e eu ainda não cumpri o meu dever.
-O senhor já viveu muito tempo? Mas só o tenho a menos de um ano!
-Sim, já vivi muito tempo senhorita. É que para nós, os calendários, a vida dura apenas um ano. Até que então, no ultimo dia do ano nós desaparecemos e viramos um lindo livro em alguma livraria; esse é o sonho de qualquer calendário, mas nem todos conseguem.
-Mas porque nem todos conseguem? Que história triste.
A menina fez uma pausa e continuou:
- E o que vocês têm que fazer para conseguir o que desejam?
-Para que nos tornemos livros, ficamos encarregados de oferecer uma prova. E essa prova de fogo é o que nos diz se poderemos ter, ou não, o direito de virar um livro. Essa prova é dada da seguinte forma: Cada calendário tem um dono, e esse dono faz parte de nossa vida durante toda a nossa existência enquanto calendários. Para eles, somos apenas um ano, mas para nós é uma vida inteira de alegrias; cada aniversário, cada feriado, cada dia especial, nos fazem cada vez mais ligados aos nossos donos. Pois bem, para que nos tornemos livros ao fim de nossa jornada, é preciso que cada calendário escreva alguma mensagem para o seu dono, uma coisa que seja só dele.
-Sério? Eu não sabia disso, posso ver alguma coisa que o senhor escreveu?
Lágrimas, lágrimas, lágrimas, o calendário voltou a chorar.
-Senhorita Renata, esse é justamente o problema... Eu não sou um bom escritor, nunca vou conseguir escrever, e hoje é o ultimo dia que tenho para entregar o escrito.
-É verdade, hoje é o seu ultimo dia - Disse a Renata com espanto. - já ia até comprar outro calendário amanhã.
-Foi o que eu disse Senhorita, eu tenho que terminar até hoje, e não sei o que fazer, acho que nunca vou conseguir me tornar um livro.
-Não diga isso Senhor Persegonha. O senhor pode me mostrar alguma coisa que escreveu durante a sua vida? Só ai poderemos saber se tem alguma coisa para melhorar.
-Como assim alguma coisa que escrevi?
-Hummm...Não sei bem senhor Persegonha, qualquer coisa, qualquer texto que o senhor já tenha escrito.
-Mas eu nunca escrevi nada na minha vida.
-Como assim nunca escreveu nada?. Se o senhor nunca escreveu, então como sabe que não é um bom escritor, ou pintor, cantor ou qualquer outra coisa que quiser ser – A menina falou olhando fixamente para o calendário, que meio sem jeito se apertava contra a parede.
-Eu nunca tentei escrever nada, porque tenho medo de descobrir que não sou bom com as palavras.
- Então me diga só uma coisa senhor chorão, e se você que não é um bom escritor? Garanto que isso não seria o fim do mundo.
Renata colocou as mãos para trás e com olhar clinico no rosto continuou a falar:
– Veja bem, eu garanto que existe uma coisa no mundo em que o senhor é o melhor do mundo em fazer.
-Como assim?
-Vejamos; Eu sou a melhor pessoa do mundo em identificar coisas impares e pares, e eu tenho um amigo que é a melhor pessoa do mundo em andar com a camisa melada de molho. Você só vai descobrir em que você é o melhor, no dia em que tentar alguma coisa.
Renata se aproximou do calendário e concluiu:
-Acho que já fiz tudo o que poderia ter feito pelo senhor. Agora eu já estou atrasada e infelizmente tenho que sair.
Levantou-se, e com um brilho no olhar se despediu:
-boa sorte com a sua tentativa... Eu sei que o senhor vai conseguir.
E foi com essas palavras que Renata se despediu do senhor Persegonha e saiu correndo pela porta do quarto.
III
Renata voltou da escola e entrou correndo pela porta de casa, e fazer contornos foi rapidamente em direção a pilha de livros do Senhor calendário.
-Senhor Persegonha, Cadê você? – A menina não havia encontrado o calendário em lugar algum. Ele tinha sumido.
-Senhor Persegonha? – Renata chamava e falava, perguntava e procurava, mas não recebia nem uma resposta. Parece que o calendário tinha realmente partido de vez.
Porém alguma coisa chamou a atenção da garota. Renata observou com mais cuidado e pode notar que ao lado de onde se encontrava o calendário, agora repousava um papel que ela nunca tinha visto antes.
-Será que ele virou uma folha de papel? Pobre Senhor Persegonha.
Renata abriu a folha que encontrou ao lado dos livros e permaneceu imóvel.
‘Quem te mantém sorrindo sabe que teu sorriso é lindo e merece existir.
Ela que sabe exatamente em qual olhar se encontra a resposta sem mais um por que.
prefere do todo à dúvida.
E quando não resta mais nada.
A dúvida cria as respostas que ela precisa e aos poucos toma o lugar do vazio.
Deixando de usar da solidão para ensinar sobre a convivência.
Porque é o teu sorriso que me faz feliz. ’
. Eu sou o melhor do mundo em escrever para você.
Ass: Darck Pipoqueiro.
A menina sorriu um pouco imaginando em que tipo de livro O seu calendário teria se tornado. Guardou a folha em um caderno. Deitou em sua cama e dormiu.
II
O sol já havia despertado do seu sono a mais ou menos 8 horas, e a luz do dia já brilhava em todo o quarto de Renata.
-Renata, já está na hora de acordar- Uma voz feminina ecoou, saindo de dentro da casa para o quarto da garota, que ainda um pouco tonta de sono despertava dos seus sonhos. Pressionou as mãos contra o rosto e esfregou os olhos.
-Já vou mãe- Gritou Renata com todo o ar que conseguiu guardar em seus pulmões. Saiu da cama em um pulo, e caiu com o pé esquerdo como de costume. Ela não era supersticiosa ou tinha crenças de sorte ou azar, gostava apenas de perder o equilíbrio de manhã quando saia da cama.
A menina já tinha despertado do seu sono. Prontamente tomou banho, Colocou a farda da escola e caminhou em direção a cozinha da casa; Mas alguma coisa impediu que a garota saísse do quarto.
-Quem falou isso? Perguntou Renata.
- Alguma coisa impediu que a garota saísse do quarto. Renata perguntou, ‘ Quem falou isso’, e permaneceu aguardando a resposta durante algum tempo- Uma voz que saia de dentro do quarto estava estranhamente narrando o que a menina fazia.
-Quem é que está falando essas coisas? Novamente a menina perguntou para o quarto.
-Novamente a menina pergunta e não obtém resposta alguma- Aquela voz grave continuava a narrar tudo o que a garota estava fazendo, como se fosse um daqueles filmes baratos que Renata costumava assistir na TV.
-Olha aqui, eu não sei quem é você, ou porque está fazendo essa graçinha, mas quero logo dizer que não estou gostando nada disso- Ela estava de braços cruzados, olhar fixo, e batendo o pé no chão com impaciência.
-Você não está gostando?- então a voz que antes narrava tudo começou a chorar. – Você não está gostando! Eu sei, eu sei, eu não sou bom mesmo, nunca vou ser um bom escritor- E continuou a chorar.
-Calma, calma, não chore, não foi isso que eu quis dizer- A menina agora estava mais assustava do que antes. De quem poderia ser aquela voz estranha?
-Então ela pede para que a voz pare de chorar e diz que está adorando a narração- A voz volta a ecoar pelo quarto.
-Olhe só, eu também não quis dizer que estou adorando nada, e se você for continuar com isso eu vou embora.
-Não, não, me desculpe- A voz voltou ao seu pranto inicial. – Me desculpe Renata, é que eu não sei mais o que fazer.
-Como assim você sabe o meu nome? Olha, vamos fazer o seguinte. Primeiro você me diz quem é você, e depois eu vejo se posso te ajudar. Combinado assim?
-Tudo bem, então vamos fazer do seu jeito senhorita.
Sendo assim:
- Veja, Eu estou bem aqui, está me vendo?. Aqui, bem na mesa onde ficam os seus livros, do lado direito da pilha de papeis de carta; está me vendo?
-Estou sim senhor. Olá senhor calendário- Renata estava maravilhada com o fato de estar falando com o seu calendário, mas algo não estava bem com ele, ele chorava muito e parecia estar preocupado.
-Olá senhorita Renata, como está?. Saiba que é uma honra ter essa oportunidade.
-Estou bem, mas pelo visto, me parece que não está nada bem com o senhor. Posso saber o que se passa? Talvez eu possa ajudá-lo em alguma coisa.
-A senhorita é muito gentil, mas creio que o meu problema não tenha solução.
-Ora senhor calendário, todos os problemas tem solução. Vamos começar assim, o senhor tem um nome? Tudo fica mais fácil com nomes.
-Vejamos, quando eu escrevo, gosto de assinar usando o nome Darck Pipoqueiro, acho que dá um peso maior sabe... Darck Pipoqueiro, sente o drama?
- Darck Pipoqueiro?
-É isso mesmo. Nome legal não é? Eu sabia que você iria adorar – O calendário que antes chorava, agora estava radiante.
-Você não tem um nome de verdade? Tipo: João, Pedro, Carlos?
-Na verdade tenho, mas eu não gosto muito do meu nome.
-Qual o seu nome verdadeiro senhor calendário?
- Está bem, está bem. Vou te dizer, mas fica em segredo, ouviu? Só entre nos dois.
Respirou fundo e disse:
-O meu nome é Bom Filho Persegonha.
-Tudo bem senhor Persegonha, qual o seu problema?
O calendário colocou-se a chorar novamente, chorou durante algum tempo e então falou:
-Já estou muito velho, a minha vida já está chegando ao fim e eu ainda não cumpri o meu dever.
-O senhor já viveu muito tempo? Mas só o tenho a menos de um ano!
-Sim, já vivi muito tempo senhorita. É que para nós, os calendários, a vida dura apenas um ano. Até que então, no ultimo dia do ano nós desaparecemos e viramos um lindo livro em alguma livraria; esse é o sonho de qualquer calendário, mas nem todos conseguem.
-Mas porque nem todos conseguem? Que história triste.
A menina fez uma pausa e continuou:
- E o que vocês têm que fazer para conseguir o que desejam?
-Para que nos tornemos livros, ficamos encarregados de oferecer uma prova. E essa prova de fogo é o que nos diz se poderemos ter, ou não, o direito de virar um livro. Essa prova é dada da seguinte forma: Cada calendário tem um dono, e esse dono faz parte de nossa vida durante toda a nossa existência enquanto calendários. Para eles, somos apenas um ano, mas para nós é uma vida inteira de alegrias; cada aniversário, cada feriado, cada dia especial, nos fazem cada vez mais ligados aos nossos donos. Pois bem, para que nos tornemos livros ao fim de nossa jornada, é preciso que cada calendário escreva alguma mensagem para o seu dono, uma coisa que seja só dele.
-Sério? Eu não sabia disso, posso ver alguma coisa que o senhor escreveu?
Lágrimas, lágrimas, lágrimas, o calendário voltou a chorar.
-Senhorita Renata, esse é justamente o problema... Eu não sou um bom escritor, nunca vou conseguir escrever, e hoje é o ultimo dia que tenho para entregar o escrito.
-É verdade, hoje é o seu ultimo dia - Disse a Renata com espanto. - já ia até comprar outro calendário amanhã.
-Foi o que eu disse Senhorita, eu tenho que terminar até hoje, e não sei o que fazer, acho que nunca vou conseguir me tornar um livro.
-Não diga isso Senhor Persegonha. O senhor pode me mostrar alguma coisa que escreveu durante a sua vida? Só ai poderemos saber se tem alguma coisa para melhorar.
-Como assim alguma coisa que escrevi?
-Hummm...Não sei bem senhor Persegonha, qualquer coisa, qualquer texto que o senhor já tenha escrito.
-Mas eu nunca escrevi nada na minha vida.
-Como assim nunca escreveu nada?. Se o senhor nunca escreveu, então como sabe que não é um bom escritor, ou pintor, cantor ou qualquer outra coisa que quiser ser – A menina falou olhando fixamente para o calendário, que meio sem jeito se apertava contra a parede.
-Eu nunca tentei escrever nada, porque tenho medo de descobrir que não sou bom com as palavras.
- Então me diga só uma coisa senhor chorão, e se você que não é um bom escritor? Garanto que isso não seria o fim do mundo.
Renata colocou as mãos para trás e com olhar clinico no rosto continuou a falar:
– Veja bem, eu garanto que existe uma coisa no mundo em que o senhor é o melhor do mundo em fazer.
-Como assim?
-Vejamos; Eu sou a melhor pessoa do mundo em identificar coisas impares e pares, e eu tenho um amigo que é a melhor pessoa do mundo em andar com a camisa melada de molho. Você só vai descobrir em que você é o melhor, no dia em que tentar alguma coisa.
Renata se aproximou do calendário e concluiu:
-Acho que já fiz tudo o que poderia ter feito pelo senhor. Agora eu já estou atrasada e infelizmente tenho que sair.
Levantou-se, e com um brilho no olhar se despediu:
-boa sorte com a sua tentativa... Eu sei que o senhor vai conseguir.
E foi com essas palavras que Renata se despediu do senhor Persegonha e saiu correndo pela porta do quarto.
III
Renata voltou da escola e entrou correndo pela porta de casa, e fazer contornos foi rapidamente em direção a pilha de livros do Senhor calendário.
-Senhor Persegonha, Cadê você? – A menina não havia encontrado o calendário em lugar algum. Ele tinha sumido.
-Senhor Persegonha? – Renata chamava e falava, perguntava e procurava, mas não recebia nem uma resposta. Parece que o calendário tinha realmente partido de vez.
Porém alguma coisa chamou a atenção da garota. Renata observou com mais cuidado e pode notar que ao lado de onde se encontrava o calendário, agora repousava um papel que ela nunca tinha visto antes.
-Será que ele virou uma folha de papel? Pobre Senhor Persegonha.
Renata abriu a folha que encontrou ao lado dos livros e permaneceu imóvel.
‘Quem te mantém sorrindo sabe que teu sorriso é lindo e merece existir.
Ela que sabe exatamente em qual olhar se encontra a resposta sem mais um por que.
prefere do todo à dúvida.
E quando não resta mais nada.
A dúvida cria as respostas que ela precisa e aos poucos toma o lugar do vazio.
Deixando de usar da solidão para ensinar sobre a convivência.
Porque é o teu sorriso que me faz feliz. ’
. Eu sou o melhor do mundo em escrever para você.
Ass: Darck Pipoqueiro.
A menina sorriu um pouco imaginando em que tipo de livro O seu calendário teria se tornado. Guardou a folha em um caderno. Deitou em sua cama e dormiu.
domingo, 16 de outubro de 2011
Flap. 1
Parte 1.
Renata apanhou uma revista que estava jogada sob a mesa e dirigiu-se até o jardim da casa. Dobrou a revista em forma de funil e a Colocou próxima ao ouvido. Se curvou inclinando-se no sentido do jardim e em silêncio permaneceu durante alguns segundos.
Duas rosas conversavam enquanto Renata se esforçava para ouvir, tomando o maior cuidado para não chamar a atenção para si.
“Você está completamente errado”- Disse a rosa mais irritada, que inclinando-se para baixo retirou uma pequena pedra que atrapalhava o seu caminho.
A rosa falou ‘Errado’? Deveria ter falado ‘errada’ já que as rosas não são meninos. Pensou Renata.
-Claro que não estou errado Sebastião! Caso o amor acabe, vai ser muito
melhor que aquele que não ama mais, finja que ainda ama.
-E o outro que ainda ama de verdade, vai saber que está sendo enganado?- falou Sebastião que agora estava mais irritado do que nunca.
-Claro que vai saber. Os dois irão saber! Mas vão aceitar isso sem problemas, porque não tem nada pior do que não ter alguém para amar- Foi com certo ar de autoridade que Tortopracima completou a sua teoria sobre o amor. Totalmente convicto de suas verdades.
-Veja bem Tortopracima, como já te falei milhares de vezes, minha origem descende de uma das mais tradicionais e requisitadas famílias de rosas do mundo, somos famosos por integrar os mais lindos buquês de dia dos namorados,casamentos e até aniversários desse século.
- E daí? Em que isso prova que estou errado?
- E daí que eu tenho muito mais propriedade para falar sobre o assunto do que você.
Sebastião já estava arrancando as pétalas de tão nervoso. E por isso continuou:
– A verdade é que, é muito melhor não saber que a outra pessoa não te ama mais, é melhor continuar achando que o amor ainda existe. Não tem nada pior do que não ser amado.
-Porque vocês estão tão nervosos? – Renata não agüentou mais tanta confusão e resolveu interferir.
-Quem é você?- Perguntou Sebastião assustado com aquela figura humana que interrompia a discussão.
-Oi, eu moro bem ali naquela casa azul, sou vizinha de vocês... Na verdade vocês moram no meu quintal.
As rosas se entreolharam espantadas.
-Nos estávamos discutindo um assunto muito importante e você nos atrapalhou- Respondeu Tortopracima enquanto tomava a frente de Sebastião, pois a pobre rosa estava morrendo de medo.
-Ho! Desculpem-me a falta de educação, não era a minha intenção atrapalhar nada.
- Pronto! Desculpada! agora você já pode voltar para o lugar de onde veio; Adeus – Tortopracima falou e virou de costas para a garota curiosa.
-Muito obrigada por me desculpar...Mas sobre o que vocês estavam falando mesmo?
-Olha garotinha, primeira coisa, você é muito curiosa e o assunto que estamos falando é muito complicado para você- Dessa vez foi Sebastião quem falou, ele já estava nervoso antes da chegada da garota e isso só o fez a sua bravura irritada aumentar.
-Deve ser complicado mesmo, pelo que eu pude ouvir até agora vocês tem muitos argumentos sobre o assunto não é? Já faz muito tempo que estão discutindo isso?
-Olhe só, vou te responder isso e você vai embora logo depois, temos mais o que fazer do que ficar respondendo as suas perguntas- Tortopracima respirou fundo e deu início a sua explicação.
-Bem, faz um bom tempo sim- Tortopracima ficou pensando um pouco; como que calculado o tempo da discussão. –Para falar a verdade, eu fui plantado aqui há algum tempo. Logo no início eu era muito pequeno e ainda não podia enxergar. No dia em que eu comecei a enxergar e ver o mundo, a primeira coisa que eu vi foi o Sebastião.
- Comigo também foi assim. Confessou Sebastião agora mais calmo.
-Então quer dizer que vocês só conhecem um a o outro e nunca saíram daqui? falou Renata com um olhar de quem não estava entendendo muito bem.
-Isso mesmo- Responderam os dois ao mesmo tempo.
-E toda essa discussão? – continuou a garota.
“veja só, antes de começarmos a enxergar, nos já podíamos escutar tudo o que acontecia ao nosso redor, então um belo dia ouvimos umas vozes falando sobre o amor; acho que eram duas pessoas que tinham que se afastar uma da outra ou algum motivo. Ouvimos pouca coisa, mas como não conseguíamos ver e nem sentir, escutamos tudo e criamos nossos próprios conceitos sobre o que seria esse tal de amor. E aos poucos, ouvindo uma coisa aqui e outra ali criamos nossas opiniões”. - Falou Sebastião com todo orgulho estampado nas pétalas.
“Um belo dia começamos a enxergar e ai quando vi que tinha alguém do meu lado comecei a discutir o assunto na mesma hora, e desde então estamos discutindo” Completou Tortopracima, com um sorrisinho de canto de boca.
-Vocês nunca saíram do mundinho de vocês, só conhecem um ao outro e mesmo assim vivem brigando! Como podem saber o que é o amor se nunca viveram ele? Vocês discutem isso desde que começaram a viver, perderam tanto tempo discutindo que se esqueceram viver - A garota estava espantada com tudo aquilo.
-Eu disse para ela Sebastião, esse assunto é muito complicado para uma garotinha-
E então voltaram a discutir.
Renata apanhou uma revista que estava jogada sob a mesa e dirigiu-se até o jardim da casa. Dobrou a revista em forma de funil e a Colocou próxima ao ouvido. Se curvou inclinando-se no sentido do jardim e em silêncio permaneceu durante alguns segundos.
Duas rosas conversavam enquanto Renata se esforçava para ouvir, tomando o maior cuidado para não chamar a atenção para si.
“Você está completamente errado”- Disse a rosa mais irritada, que inclinando-se para baixo retirou uma pequena pedra que atrapalhava o seu caminho.
A rosa falou ‘Errado’? Deveria ter falado ‘errada’ já que as rosas não são meninos. Pensou Renata.
-Claro que não estou errado Sebastião! Caso o amor acabe, vai ser muito
melhor que aquele que não ama mais, finja que ainda ama.
-E o outro que ainda ama de verdade, vai saber que está sendo enganado?- falou Sebastião que agora estava mais irritado do que nunca.
-Claro que vai saber. Os dois irão saber! Mas vão aceitar isso sem problemas, porque não tem nada pior do que não ter alguém para amar- Foi com certo ar de autoridade que Tortopracima completou a sua teoria sobre o amor. Totalmente convicto de suas verdades.
-Veja bem Tortopracima, como já te falei milhares de vezes, minha origem descende de uma das mais tradicionais e requisitadas famílias de rosas do mundo, somos famosos por integrar os mais lindos buquês de dia dos namorados,casamentos e até aniversários desse século.
- E daí? Em que isso prova que estou errado?
- E daí que eu tenho muito mais propriedade para falar sobre o assunto do que você.
Sebastião já estava arrancando as pétalas de tão nervoso. E por isso continuou:
– A verdade é que, é muito melhor não saber que a outra pessoa não te ama mais, é melhor continuar achando que o amor ainda existe. Não tem nada pior do que não ser amado.
-Porque vocês estão tão nervosos? – Renata não agüentou mais tanta confusão e resolveu interferir.
-Quem é você?- Perguntou Sebastião assustado com aquela figura humana que interrompia a discussão.
-Oi, eu moro bem ali naquela casa azul, sou vizinha de vocês... Na verdade vocês moram no meu quintal.
As rosas se entreolharam espantadas.
-Nos estávamos discutindo um assunto muito importante e você nos atrapalhou- Respondeu Tortopracima enquanto tomava a frente de Sebastião, pois a pobre rosa estava morrendo de medo.
-Ho! Desculpem-me a falta de educação, não era a minha intenção atrapalhar nada.
- Pronto! Desculpada! agora você já pode voltar para o lugar de onde veio; Adeus – Tortopracima falou e virou de costas para a garota curiosa.
-Muito obrigada por me desculpar...Mas sobre o que vocês estavam falando mesmo?
-Olha garotinha, primeira coisa, você é muito curiosa e o assunto que estamos falando é muito complicado para você- Dessa vez foi Sebastião quem falou, ele já estava nervoso antes da chegada da garota e isso só o fez a sua bravura irritada aumentar.
-Deve ser complicado mesmo, pelo que eu pude ouvir até agora vocês tem muitos argumentos sobre o assunto não é? Já faz muito tempo que estão discutindo isso?
-Olhe só, vou te responder isso e você vai embora logo depois, temos mais o que fazer do que ficar respondendo as suas perguntas- Tortopracima respirou fundo e deu início a sua explicação.
-Bem, faz um bom tempo sim- Tortopracima ficou pensando um pouco; como que calculado o tempo da discussão. –Para falar a verdade, eu fui plantado aqui há algum tempo. Logo no início eu era muito pequeno e ainda não podia enxergar. No dia em que eu comecei a enxergar e ver o mundo, a primeira coisa que eu vi foi o Sebastião.
- Comigo também foi assim. Confessou Sebastião agora mais calmo.
-Então quer dizer que vocês só conhecem um a o outro e nunca saíram daqui? falou Renata com um olhar de quem não estava entendendo muito bem.
-Isso mesmo- Responderam os dois ao mesmo tempo.
-E toda essa discussão? – continuou a garota.
“veja só, antes de começarmos a enxergar, nos já podíamos escutar tudo o que acontecia ao nosso redor, então um belo dia ouvimos umas vozes falando sobre o amor; acho que eram duas pessoas que tinham que se afastar uma da outra ou algum motivo. Ouvimos pouca coisa, mas como não conseguíamos ver e nem sentir, escutamos tudo e criamos nossos próprios conceitos sobre o que seria esse tal de amor. E aos poucos, ouvindo uma coisa aqui e outra ali criamos nossas opiniões”. - Falou Sebastião com todo orgulho estampado nas pétalas.
“Um belo dia começamos a enxergar e ai quando vi que tinha alguém do meu lado comecei a discutir o assunto na mesma hora, e desde então estamos discutindo” Completou Tortopracima, com um sorrisinho de canto de boca.
-Vocês nunca saíram do mundinho de vocês, só conhecem um ao outro e mesmo assim vivem brigando! Como podem saber o que é o amor se nunca viveram ele? Vocês discutem isso desde que começaram a viver, perderam tanto tempo discutindo que se esqueceram viver - A garota estava espantada com tudo aquilo.
-Eu disse para ela Sebastião, esse assunto é muito complicado para uma garotinha-
E então voltaram a discutir.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
A namorada de Lucas.
Lucas sempre cultivou o sonho de ser pai. Aqueles pensamentos vagos sobre ir ao parque e perder o tempo de vista, ganhar o dia com brinquedos e algodão doce ou supervalorizar um desenho sem graça.
Aconteceu que um dia Lucas encontrou a mãe dos seus filhos.
Lurdes, ou simplesmente Lurdinha, era aquele tipo de mulher simples e sem brilho, dona duma falta de graça irremediável, e que viera ao mundo apenas para cumprir o ordenado:
Ser a esposa de alguém.
De uma maneira ou de outra, porém, o fato era o seguinte: de tanto amor que sofria por Lurdinha, o rapaz se fez em coragem e resolveu pedir a moça em namoro; Assim mesmo, sem motivo ou razão aparente. Como que o destino se encarregasse de juntar o que foi feito para ser um só.Aconteceu que um dia Lucas encontrou a mãe dos seus filhos.
Lurdes, ou simplesmente Lurdinha, era aquele tipo de mulher simples e sem brilho, dona duma falta de graça irremediável, e que viera ao mundo apenas para cumprir o ordenado:
Ser a esposa de alguém.
Fina e frágil como tem que ser, a moça que tinha no olhar a inocência de um batalhão de moças apaixonadas, não decepcionou, e de coração aberto aceitou o pedido do rapaz. Fazendo apenas um único pedido:
- Tu tens que falar com o meu pai antes.
Ele, moço corajoso e namorador inveterado, logo retrucou:
-Então estamos perdendo tempo parados aqui.
A casa de Lurdinha era simples e de invejável serenidade. Fato. Era uma daquelas casas tradicionais com cadeiras de balanço no terraço e um cachorro de pelos dourados a tiracolo.
-Linda a sua casa Lurdinha. Quero que um dia a nossa futura casa seja assim também.
A moça sorriu um pouco, Respirou fundo e abriu a porta de casa.
-Papai? Papai?
-Oi filha.
-O senhor pode vir na sala, eu tenho alguém aqui que gostaria de apresentar ao senhor.
Um homem simpático, de cabelos grisalhos e camisa surrada apareceu diante do casal. Lucas que nunca tivera feito coisa semelhante antes, experimentou pela primeira vez um arrepio na pele e na alma. Estava conhecendo o seu sogro.
A conversa foi breve. Logo que o rapaz informou das suas reais intenções em namorar e casar com Lurdinha, o amável papai da moça concordou em aberto com grande emoção no olhar. Tudo perfeito, mas a única coisa que realmente frustrou Lucas foi o fato de que não conheceu a sua futura sogra, pois, como se tratava de um casal divorciado, nada mais tinham um com a vida do outro. “Besteira” pensou Lucas, pois era um daqueles jovens que não gostava muito de perder tempo.
A esposa de Lucas.
Durante quase toda a festa de casamento o noivo cumprimentou centenas de pessoas; algumas conhecidas, outras nem tanto. Aquele sorriso estático, um aperto de mão com exatos 3 segundos de duração e uma palavra na ponta da língua “muito obrigado por ter vindo”.
-Lurdinha, você não disse que a sua mãe viria?
-Ela vem. Daqui a pouco ela aparece por aqui. Minha mãe não perderia uma festa por nada nesse mundo.
A mãe de Lurdinha, Dona Lúcia, Viajou durante horas e mais horas para ver o sonho da filha se realizando, e claro, junto com ela vieram todos os membros da família.
-Lurdinha, eu não agüento mais esperar, vamos para o nosso hotel, ficamos um pouco lá e depois voltamos para o final da festa.
Lurdinha com um olhar nunca visto antes, de malícia, e com um sorrido de canto de boca assentiu:
- Então estamos perdendo tempo parados aqui.
A porta do quarto se chocou contra a parede. Pareciam loucos viciados na carne do outro. Lurdinha abriu uma garrafa de vinho e despejou meia garrafa do líquido em sua boca.
-Lurdinha, eu acho que você já bebeu de mais na festa.
-Cala a boca seu animal, eu faço o que eu quiser.
Lucas parou, ficou arquejante. Durante alguns momentos não falou nada. Deixou Lurdinha no quarto e por um momento foi até a recepção fazer uma ligação.
-Alô, mãe?
-Oi filho.
-A senhora ainda está na festa?
-Estou sim. Estranho você ter me ligado filho. Eu já ia ter ligar daqui a pouco.
-A senhora pode me informar se a mãe da Lurdinha já chegou?
-Já sim querido, e era sobre isso que eu queria falar com você. Queria falar sobre a mãe da sua esposa e a família dela.
-O que tem eles mãe?
-Chegaram a menos de uma hora, mas a sua sogra e a família dela já beberam todas as bebidas que tínhamos, trouxeram bolsas e mochilas para roubar comida e talheres. E o pior de tudo não é isso. Os irmãos da sua sogra brigaram com os seus tios, e agora o seu pai está na delegacia resolvendo o problema. E como se não bastasse, o pai da Lurdinha está de quatro na mesa, gritando.
Lucas permaneceu mudo ao telefone.
-Filho, me diz uma coisa. Por favor, me diga que você escutou o meu conselho sobre conhecer a família da noiva antes de se casar?
-Filho?
-Lucas?
-Você está ai?
O rapaz largou o telefone, que se chocou violentamente contra o balcão da recepção. Dirigiu-se até o quarto. Abriu a porta e ficou ali parado. Pensando. Olhando Lurdinha deitada e dormindo com um cigarro na mão e uma garrafa de vinho que escorria manchando os lençóis. Lucas ficou imóvel. Só conseguia pensar em uma frase:
“Então estamos perdendo tempo parados aqui”
Mas sentia como uma pancada na cabeça, Como que uma voz fizesse todo o sentido do mundo. Uma voz que ele não conseguia parar de escutar.
-Filho, você escutou o meu conselho?
-Filho?
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Não Faça Cerimônia.
No quarto de hotel, Joana avisa:
-Quase descuido em me casar com você.
-Como assim?
Explica:
-Coisas da vida. Ainda bem que deu tempo de desistir; Graças a Deus sai correndo daquela igreja.
João estava eufórico, sem palavras, e ainda vestido com o fraque de noivo.
-Como assim? Você é louca? Deixou todos os convidados, nossas famílias e os nossos sonhos naquela igreja.
A moça não pensou duas vezes em tirar o vestido de noiva e trocar por um conjunto de calça jeans e blusa branca.
-Não sei o que me deu, só sei que preferi não me casar. E só mais uma coisa, João, você me faz um favor?
O noivo sem esboçar nem uma reação respondeu.
-O que mais você quer?
-Diz a tua mãe que ela é uma vaca.
Joana pegou a bolsa na qual tinha guardado o vestido e uma garrafa de espumante, saiu pela porta do quarto, e disse:
-Amar a vida não é traição. Me desculpe.
Bateu a porta e nunca mais voltou.
______________________________________________
-Ela sempre foi assim Lurdinha. Nunca foi uma pessoa muito normal.
Foi com essa frase que Manoela, irmã de Joana, começou o dia ao telefone.
-Ninguém sabe ao certo o que ela está fazendo. Parece que está viajando por todo o Brasil com uma amiga; Minha mãe já está até desconfiada que ela tem um caso com essa fulana.
-Eu não acredito amiga.
-Fazer o que amiga? Quem perdeu foi ela, que deixou de casar com o João. Eu mesma não sei o que faria sem ele, um pai tão dedicado para os nossos filhos, um homem tão amoroso.
Como já era de se esperar, a moça, amiga de Manoela, explodindo da curiosidade que é tão comum as mulheres, completou com cautela:
-Que sorte a sua Manuzinha. Mas me diga uma coisa, ele ainda está com aqueles probleminhas?
-Como assim?
Explica:
-Coisas da vida. Ainda bem que deu tempo de desistir; Graças a Deus sai correndo daquela igreja.
João estava eufórico, sem palavras, e ainda vestido com o fraque de noivo.
-Como assim? Você é louca? Deixou todos os convidados, nossas famílias e os nossos sonhos naquela igreja.
A moça não pensou duas vezes em tirar o vestido de noiva e trocar por um conjunto de calça jeans e blusa branca.
-Não sei o que me deu, só sei que preferi não me casar. E só mais uma coisa, João, você me faz um favor?
O noivo sem esboçar nem uma reação respondeu.
-O que mais você quer?
-Diz a tua mãe que ela é uma vaca.
Joana pegou a bolsa na qual tinha guardado o vestido e uma garrafa de espumante, saiu pela porta do quarto, e disse:
-Amar a vida não é traição. Me desculpe.
Bateu a porta e nunca mais voltou.
______________________________________________
-Ela sempre foi assim Lurdinha. Nunca foi uma pessoa muito normal.
Foi com essa frase que Manoela, irmã de Joana, começou o dia ao telefone.
-Ninguém sabe ao certo o que ela está fazendo. Parece que está viajando por todo o Brasil com uma amiga; Minha mãe já está até desconfiada que ela tem um caso com essa fulana.
-Eu não acredito amiga.
-Fazer o que amiga? Quem perdeu foi ela, que deixou de casar com o João. Eu mesma não sei o que faria sem ele, um pai tão dedicado para os nossos filhos, um homem tão amoroso.
Como já era de se esperar, a moça, amiga de Manoela, explodindo da curiosidade que é tão comum as mulheres, completou com cautela:
-Que sorte a sua Manuzinha. Mas me diga uma coisa, ele ainda está com aqueles probleminhas?
-Olha amiga, quando ele bebe, ainda fica um pouco agressivo; Mas dês daquela ultima vez que ele foi detido, nunca mais me bateu, e isso já fazem 3 dias.
-Que bom amiga, as coisas vão melhorar.
Manuela obstruiu o telefone e inclinou-se pela janela para ouvir melhor o ruído que vinha da rua.
-Amiga?
-Oi Manu.
-Vou ter que desligar o telefone agora; ouvi o carro do João chegando e pelo jeito que ele estacionou, deve ter bebido muito hoje. É melhor eu ir me trancar no quarto e fingir que estou dormindo.
-Tudo bem manu, vai lá amiga, e me manda mais notícias da sua irmã, aquela maluca.
-Mando sim menina, mas não se preocupe, ela não está nem um pouco bem; Uma mulher que não se casa e não tem filhos? É impossível uma mulher ser feliz assim.
Manuela desligou o telefone e correu para o quarto. Fechou os olhos e rezou para não sofrer naquela noite.rezou pelo marido e pela sua irmã, joana, que por ser maluca e amar a vida, infelizmente não teve a mesma sorte que Manuela, a mulher mais realizada do mundo. O que mais poderia querer uma mulher?
Pobre Manuela.
-Que bom amiga, as coisas vão melhorar.
Manuela obstruiu o telefone e inclinou-se pela janela para ouvir melhor o ruído que vinha da rua.
-Amiga?
-Oi Manu.
-Vou ter que desligar o telefone agora; ouvi o carro do João chegando e pelo jeito que ele estacionou, deve ter bebido muito hoje. É melhor eu ir me trancar no quarto e fingir que estou dormindo.
-Tudo bem manu, vai lá amiga, e me manda mais notícias da sua irmã, aquela maluca.
-Mando sim menina, mas não se preocupe, ela não está nem um pouco bem; Uma mulher que não se casa e não tem filhos? É impossível uma mulher ser feliz assim.
Manuela desligou o telefone e correu para o quarto. Fechou os olhos e rezou para não sofrer naquela noite.rezou pelo marido e pela sua irmã, joana, que por ser maluca e amar a vida, infelizmente não teve a mesma sorte que Manuela, a mulher mais realizada do mundo. O que mais poderia querer uma mulher?
Pobre Manuela.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Amanhã o dia nasce outra vez.
Se tudo que vai, um dia volta.
Se tudo o que sobe, um dia tem que descer.
Vou acreditar que o paraíso fica no céu.
Estou te esperando amigo.
Se tudo o que sobe, um dia tem que descer.
Vou acreditar que o paraíso fica no céu.
Estou te esperando amigo.
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Comecem e acabem, Acabem e comecem.
Desapareci por tempo indeterminado. Determinei uma data para voltar e esqueci.
Só porque normalmente se olha nos olhos antes de mentir.
Normalmente todo mundo que é normal mente um pouco.
E o culpado por tudo sempre se esconde.
Desculpa, tira a culpa e te deixa seguir.
Compensa a falta com um sorriso de plástico.
Flores de verdade; Porque a morte, nesses casos, é uma coisa romântica.
Orgulhosa e confiante por ser segredo entre duas partes.
Mesmo que pensar seja para os pessimistas.
Levar a vida e deixa-la desbotar faz parte do otimismo.
Autodestrutivo e volátil em que você se tornou.
Tudo por culpa.
Ou por desculpa de perdoar o normalmente.
Só porque normalmente se olha nos olhos antes de mentir.
Normalmente todo mundo que é normal mente um pouco.
E o culpado por tudo sempre se esconde.
Desculpa, tira a culpa e te deixa seguir.
Compensa a falta com um sorriso de plástico.
Flores de verdade; Porque a morte, nesses casos, é uma coisa romântica.
Orgulhosa e confiante por ser segredo entre duas partes.
Mesmo que pensar seja para os pessimistas.
Levar a vida e deixa-la desbotar faz parte do otimismo.
Autodestrutivo e volátil em que você se tornou.
Tudo por culpa.
Ou por desculpa de perdoar o normalmente.
sábado, 10 de setembro de 2011
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Você já respondeu essa pergunta. Não confie.
E quando o meu ar for morar na tua voz; Por favor não grite.
Vai aprender que só amar não basta.
Vai aprender que não deve se preocupar;
Se ela não estiver preparada, preocupe-se que ela se sinta bem ao seu lado.
E quando o meu ar se for; preocupe-se em fazer o bem.
Pois mesmo que por pouco, vai ser pelo mal de que só o amor não basta.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
sábado, 13 de agosto de 2011
Comum de Dois.
Hoje de manhã me locomovi até um órgão da previdência social. Chegando lá, fui submetido a uma gigantesca carga de mau atendimento e indiferença por parte dos atendentes. Esse fato, nem um pouco isolado, me remeteu a um dos muitos porém necessários princípios do Direito Administrativo: o princípio da eficiência. Que nas palavras do jurista Alexandre de Moraes se define como: “o que impõe à administração pública direta e indireta e a seus agentes a persecução do bem comum, por meio do exercício de suas competências de forma imparcial, neutra, transparente, participativa, eficaz, sem burocracia e sempre em busca da qualidade, rimando pela adoção dos critérios legais e morais necessários para melhor utilização possível dos recursos públicos, de maneira a evitarem-se desperdícios e garantir-se maior rentabilidade social." Sendo o caso, passei a me questionar sobre o que levaria aqueles profissionais concursados, status tão perseguido em nosso país, a levar o seu trabalho com tanto pesar, e por consequência, acabar refletindo no contribuinte um serviço que não está à altura da carga tributária despejada todos os anos na população brasileira.
Para que eu possa entender melhor o motivo do mau atendimento, antes se faz necessário entender o caminho percorrido por aquele cidadão até o momento em que se tornou funcionário público.
Veja bem.
A cada década o número de estudantes que concorrem a vagas nas mais diversas universidades Públicas do Brasil aumenta consideravelmente. Apesar de ser um Direito garantido pela constituição brasileira de 1988, o acesso a educação de qualidade para todos não está nem perto de ser um sonho possível. Por esse motivo, devido a ineficiência de um Estado soberano, incapaz de cumprir com as promessas elencadas em sua carta magna, nossa pátria amada acaba por selecionar para quais dos filhos deste solo ela será uma mãe gentil.
Com os níveis e a dificuldade das provas cada vez mais elevadas, aquela que deveria ser a oportunidade de ouro para os poucos concluintes do segundo grau nas redes públicas do Brasil, passou a ser o objetivo de vida, e principalmente de status, para os pais e estudantes das classes mais favorecidas do país.
O início.
Observando a quantidade de vagas limitadas nas universidades públicas e a incapacidade de resolver o problema em curto prazo, alguns empresários enxergaram nestas falhas uma oportunidade para garantir satisfação social e principalmente, uma oportunidade para ganhar muito dinheiro. Muito mesmo.
As escolas costumavam ser conhecidas como a segunda família da vida de uma criança. Local onde se aprendia a dividir, respeitar regras de convívio e a fazer amizades. Mas com o passar dos anos, essas escolas foram entrando em extinção e fechando suas portas. O maior segredo sobre esse fato, e o que ainda não ficou muito claro, é justamente o motivo pelo qual os pais, pessoas criadas e educadas em escolas preocupadas com a formação do indivíduo, acabaram por serem os maiores responsáveis pela extinção deste tipo de instituição. O fato é o seguinte:
Com o passar dos anos e com o crescimento do poder de compra da população, algumas escolas começaram a surgir, porém, era praticamente impossível competir com as já consagradas instituições de ensino, algumas muitas vezes já atuavam na área há centenas de anos. Sendo o caso, o diferencial veio quando os proprietários das pequenas escolas passaram a criar um novo método de ensino que deixava de lado o Raciocínio e a Criatividade das antigas escolas, para utilização do método:
Repetir e decorar.
Para garantir o sucesso do novo método de ensino, os proprietários das novas escolas começaram a se utilizar de campanhas de marketing dignas de uma revolução industrial.
O esquema é o seguinte:
Como já foi dito anteriormente, apesar da quantidade de vagas limitadas, ainda assim era possível alocar grande parte dos estudantes da classe “A” brasileira nos mais diversos cursos oferecidos pelas universidades em todo o país. Porém, devido à impossibilidade de limitar ainda mais o número de vagas por curso oferecido, as novas escolas passaram a se utilizar de um meio que iria garantir o mesmo efeito de uma possível limitação de vagas. A resposta veio, e era mais simples do que se imaginava. O objetivo era apenas aumentar o número de candidatos por vaga. Para isso seria necessário que os outros cursos passassem a ter cada vez menos candidatos e ficassem taxados como uma segunda alternativa para os menos favorecidos intelectualmente e cotistas. O plano teve seguimento com a criação da formula que ocasionou no sucesso das tais escolinhas: a supervalorização de alguns cursos, como Medicina, Direito e Engenharia. Mas não é tão simples assim, a supervalorização não aconteceu direcionada ao curso em si, isso porque, mais de 70% dos alunos das universidades públicas provêem de famílias cujos membros estão entre os 20% mais ricos da população, ou seja, podem arcar financeiramente com universidades particulares e realizar o sonho da graduação; o segredo nesta estratégia de marketing é o direcionamento da massa estudantil para o local onde menos se existe concentração de vagas por pessoa, e não por isso mais qualidade de ensino, objetivando assim, uma vitrine onde todos possuem o mesmo desejo em fazer parte de uma competição cada vez menos intelectual, para fazer parte de uma competição monetária, repleta de cursos, intercâmbios, matérias isoladas, professores particulares especializados, e claro, dinheiro, muito dinheiro.
Essa máquina perfeita de “realizar sonhos” acaba por falhar em alguns sentidos:
Um jovem de 14 anos está pronto para definir o seu próprio futuro?
O seu filho tem essa maturidade?
Quais os motivos que o fizeram escolher esse ou aquele curso?
Uma história de João Pedro:
Depois de submeter-se a um teste vocacional, que tendenciosamente aprontou para as Ciências Jurídicas, Pedrinho dedicou-se diariamente e participou de todos os cursinhos preparatórios a que teve acesso, como consequência, deixou de fazer todas as coisas de que mais gostava; estudou e fez provas em quase todos os finais de semana e abandonou de vez os seus livros e os desenhos manuais. O mais estranho é que ele não sabia bem o que cursar na Faculdade, ele só sabia que gostava muito de ler e escrever histórias, assim como o seu amigo Daniel, que gostava muito de Biologia e tinha dúvidas sobre qual curso iria tentar no vestibular. Estranhamente o teste vocacional de Daniel deu para Medicina; poderia ter dado para Biologia, Medicina veterinária ou oceanografia; mas não deu, assim como o teste de Pedrinho, que poderia ter apontado para os cursos de Letras, Jornalismo ou Filosofia.
Para que eu possa entender melhor o motivo do mau atendimento, antes se faz necessário entender o caminho percorrido por aquele cidadão até o momento em que se tornou funcionário público.
Veja bem.
A cada década o número de estudantes que concorrem a vagas nas mais diversas universidades Públicas do Brasil aumenta consideravelmente. Apesar de ser um Direito garantido pela constituição brasileira de 1988, o acesso a educação de qualidade para todos não está nem perto de ser um sonho possível. Por esse motivo, devido a ineficiência de um Estado soberano, incapaz de cumprir com as promessas elencadas em sua carta magna, nossa pátria amada acaba por selecionar para quais dos filhos deste solo ela será uma mãe gentil.
Com os níveis e a dificuldade das provas cada vez mais elevadas, aquela que deveria ser a oportunidade de ouro para os poucos concluintes do segundo grau nas redes públicas do Brasil, passou a ser o objetivo de vida, e principalmente de status, para os pais e estudantes das classes mais favorecidas do país.
O início.
Observando a quantidade de vagas limitadas nas universidades públicas e a incapacidade de resolver o problema em curto prazo, alguns empresários enxergaram nestas falhas uma oportunidade para garantir satisfação social e principalmente, uma oportunidade para ganhar muito dinheiro. Muito mesmo.
As escolas costumavam ser conhecidas como a segunda família da vida de uma criança. Local onde se aprendia a dividir, respeitar regras de convívio e a fazer amizades. Mas com o passar dos anos, essas escolas foram entrando em extinção e fechando suas portas. O maior segredo sobre esse fato, e o que ainda não ficou muito claro, é justamente o motivo pelo qual os pais, pessoas criadas e educadas em escolas preocupadas com a formação do indivíduo, acabaram por serem os maiores responsáveis pela extinção deste tipo de instituição. O fato é o seguinte:
Com o passar dos anos e com o crescimento do poder de compra da população, algumas escolas começaram a surgir, porém, era praticamente impossível competir com as já consagradas instituições de ensino, algumas muitas vezes já atuavam na área há centenas de anos. Sendo o caso, o diferencial veio quando os proprietários das pequenas escolas passaram a criar um novo método de ensino que deixava de lado o Raciocínio e a Criatividade das antigas escolas, para utilização do método:
Repetir e decorar.
Para garantir o sucesso do novo método de ensino, os proprietários das novas escolas começaram a se utilizar de campanhas de marketing dignas de uma revolução industrial.
O esquema é o seguinte:
Como já foi dito anteriormente, apesar da quantidade de vagas limitadas, ainda assim era possível alocar grande parte dos estudantes da classe “A” brasileira nos mais diversos cursos oferecidos pelas universidades em todo o país. Porém, devido à impossibilidade de limitar ainda mais o número de vagas por curso oferecido, as novas escolas passaram a se utilizar de um meio que iria garantir o mesmo efeito de uma possível limitação de vagas. A resposta veio, e era mais simples do que se imaginava. O objetivo era apenas aumentar o número de candidatos por vaga. Para isso seria necessário que os outros cursos passassem a ter cada vez menos candidatos e ficassem taxados como uma segunda alternativa para os menos favorecidos intelectualmente e cotistas. O plano teve seguimento com a criação da formula que ocasionou no sucesso das tais escolinhas: a supervalorização de alguns cursos, como Medicina, Direito e Engenharia. Mas não é tão simples assim, a supervalorização não aconteceu direcionada ao curso em si, isso porque, mais de 70% dos alunos das universidades públicas provêem de famílias cujos membros estão entre os 20% mais ricos da população, ou seja, podem arcar financeiramente com universidades particulares e realizar o sonho da graduação; o segredo nesta estratégia de marketing é o direcionamento da massa estudantil para o local onde menos se existe concentração de vagas por pessoa, e não por isso mais qualidade de ensino, objetivando assim, uma vitrine onde todos possuem o mesmo desejo em fazer parte de uma competição cada vez menos intelectual, para fazer parte de uma competição monetária, repleta de cursos, intercâmbios, matérias isoladas, professores particulares especializados, e claro, dinheiro, muito dinheiro.
Essa máquina perfeita de “realizar sonhos” acaba por falhar em alguns sentidos:
Um jovem de 14 anos está pronto para definir o seu próprio futuro?
O seu filho tem essa maturidade?
Quais os motivos que o fizeram escolher esse ou aquele curso?
Uma história de João Pedro:
Depois de submeter-se a um teste vocacional, que tendenciosamente aprontou para as Ciências Jurídicas, Pedrinho dedicou-se diariamente e participou de todos os cursinhos preparatórios a que teve acesso, como consequência, deixou de fazer todas as coisas de que mais gostava; estudou e fez provas em quase todos os finais de semana e abandonou de vez os seus livros e os desenhos manuais. O mais estranho é que ele não sabia bem o que cursar na Faculdade, ele só sabia que gostava muito de ler e escrever histórias, assim como o seu amigo Daniel, que gostava muito de Biologia e tinha dúvidas sobre qual curso iria tentar no vestibular. Estranhamente o teste vocacional de Daniel deu para Medicina; poderia ter dado para Biologia, Medicina veterinária ou oceanografia; mas não deu, assim como o teste de Pedrinho, que poderia ter apontado para os cursos de Letras, Jornalismo ou Filosofia.
João Pedro, primeiro lugar em Direito. É FEDERAL!
Para garantir a satisfação dos pais, que desembolsaram em média de R$1.800 por mês para arcar com os gastos educacionais do seu filho Pedrinho, como também, para explodir o ego da família e do próprio Pedrinho, as tais escolinhas passaram a fazer aquilo que há alguns anos atrás não passaria de uma grande piada de mau gosto; colocam fotos e o nome do rapaz em todos os outdoors da cidade. O quem nem todos sabem, é que a foto de Pedrinho vai garantir a matrícula de pelo menos 80% dos candidatos do curso de direito na tal escolinha, e o mais incrível de tudo isso, é que apesar de estar gerando lucro e status para a instituição, Pedrinho irá passar um ano inteiro aparecendo em placas e cadernos que serão adorados por milhares de estudantes em todo o país; Pedrinho será garoto propaganda da escolinha durante um ano inteiro, e não irá ganhar nada com isso, muito pelo contrário, pagou uma fortuna durante todos os anos que passou estudando para fazer um curso que não foi sua escolha. Mas isso não importa, para Pedrinho e sua família, o maior pagamento já foi feito.
Lá está Pedrinho, o centro da vitrine social.
O próximo passo.
Após anos dedicados ao sonho de passar em Direito, Pedrinho se vê com uma pequena dúvida:
-O que um advogado faz?
-Um juiz?
-Promotor?
-Quanto em média ganho sendo um profissional dessa área?
-O que eu estou fazendo aqui?
Depois de ter sido regurgitado por um sistema de ensino que estimulou durante anos, a repetição, a falta preocupação com o raciocínio, a total esterilidade da criatividade, e falta de senso crítico, Pedrinho mais uma vez se vê perdido sem ter um caminho para seguir.
“Nos colégios a preocupação é muitas vezes entulhar matéria na cabeça do aluno ao invés de ensiná-lo a se comunicar e a pensar”.
Willian Douglas.
O incrível é que muitas vezes o seu filho de 16 ou 17 anos tem que ser maturo de mais para lidar com a responsabilidade de definir o seu próprio futuro, mas por outro lado você o acha imaturo de mais para chegar de madrugada.
Chegando ao fim.
O mais incrível de tudo, é que eu nunca vi um outdoor tratando desse assunto:
“ Voltamos às faculdades três anos depois, para ver quais dos nossos “Feras” estão satisfeitos com os cursos que fazem, ou quais deles ainda não desistiram para ir atrás da sua verdadeira vocação profissional.”
Colocar a responsabilidade de uma vida e cobrá-la diariamente ao jovens, não é a fórmula correta para garantir o sucesso pessoal e profissional de uma classe. Em um país onde existem inúmeras áreas carentes de profissionais qualificados, é praticamente um crime ocupar o lugar de quem quer ser médico para alocar alguém que quer fazer medicina.
O resultado de limitar os sonhos das pessoas e delimitar onde elas poderão ter sucesso, ou não, é o que resulta na explosão de maus profissionais espalhados por todo o país, pessoas infelizes e frustradas com o que fazem. E como se não bastasse, essas pessoas serão duplicadoras do que sentem. E nesse caso, todos sentirão muito.
O fim.
A massificação de um sonho em comum, as promessas de estabilidade financeira vinculadas a alguns cursos universitários e até mesmo os queridos outdoors, fazem com que, qualquer um ao entrar em um curso de Direito possa fazer as seguintes perguntas e obter as seguintes respostas:
-O que pretendem os futuros operadores do direito?
R: Fazer concurso.
-Qual carreira pública vocês pretendem seguir?
R: Qualquer concurso que aparecer eu faço. No próximo mês terá um concurso para auxiliar administrativo.
-E o que faz um auxiliar administrativo?
R: Isso eu já não sei, mas sei responder de quanto é o salário.
Hoje de manhã me locomovi até um órgão da previdência social. Chegando lá, fui submetido a uma gigantesca carga de mau atendimento e indiferença por parte dos atendentes. Sendo o caso, passei a me questionar sobre o que levaria aqueles profissionais concursados, status tão perseguido em nosso país, a levar o seu trabalho com tanto pesar, e por conseqüência, acabar refletindo no contribuinte um serviço que não está à altura da carga tributária despejada todos os anos na população brasileira.
A culpa é sua.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Eu sei de você. Você não Sabe de mim.
Deixa que o tempo te mostra o que sobrou.
O excesso é que é descontente.
E Por isso sofre, Desperdiça.
Mas seja como for.
Flor, meus dias já começam sem te ver.
O excesso é que é descontente.
E Por isso sofre, Desperdiça.
Mas seja como for.
Flor, meus dias já começam sem te ver.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Carta Para uma Vida melhor.
No final, nada consegue superar a liberdade.
Você procurou um sentido, guardou em casa, e fez o seu melhor. Mas acabou esquecendo algumas coisas.
Tudo bem, acontece.
Aquilo que te fez bem por tanto tempo, na verdade, nunca te pertenceu. A tua base que deveria dizer: a vida que se leva, independe da vida de quem te faz feliz.
Você procurou um sentido, guardou em casa, e fez o seu melhor. Mas acabou esquecendo algumas coisas.
Tudo bem, acontece.
Aquilo que te fez bem por tanto tempo, na verdade, nunca te pertenceu. A tua base que deveria dizer: a vida que se leva, independe da vida de quem te faz feliz.
Já que você é composta por uma mistura simples localizada entre o oxigênio e o coração, frágil demais para lidar com as dores e desilusões da vida. Sem desmerecer a tua força, que fique bem claro, mas é que hoje eu desmembrei aquilo que eles chamam de amor.
Por mais que pareça injusto, o final se faz necessário:
Quando parecer não ter mais fim, lembre-se, que por ser livre, tem o direito de partir.
Por mais que pareça injusto, o final se faz necessário:
Quando parecer não ter mais fim, lembre-se, que por ser livre, tem o direito de partir.
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Álea.
Estava sozinho; Pensando em formar um exército. Pensei melhor; Cada um é o seu primeiro aliado. Parei, dei um sorriso e fui à luta.
domingo, 17 de julho de 2011
Um Passeio No Mundo Livre.
Mesmo que o riso chame pouca atenção, tenho certeza que não desmerece o corpo, nem se amedronta pelo jeito triste de caminhar.
Ao mesmo tempo.
Firme e educado, o dia tem permissão para acabar ao fechar dos olhos.
Assim como a vida.
Um passeio livre pelo mundo que não é seu, mas carrega um coração.
Assinar:
Comentários (Atom)