O estado de demência sempre aparenta uma permanência constante. Parece se estender por toda a vida.
E acaba se estendendo.
Esse é o tempo de ficar parado. Observando e sendo observado.
Porque sobre a perspectiva da platéia isso não passa de mais uma encenação.
Primeiro Ato.
Deixei-me aqui. Sou a única parte de mim que me sobro. Me junto aos meus cacos e me recomponho.
Segundo Ato.
Sou eu quem me comemoro em minhas derrotas. Me convido para sair e esquecer-me de mim. Se eu me convido bem, acabo me aceitando sem problemas.
Terceiro Ato.
Quem me dera eu poder saber, Ontem eu me era ou era apenas eu?
Prazer, me chamam demência.
No final ninguém entende mesmo. E acaba se estendendo. Mesmo que eu me perceba bem. Bem antes de me perceber mal, O estado de demência já aparenta uma permanência constante.
E no final ninguém entende que a idéia sempre foi essa. Não quebre a cabeça. As pessoas são complicadas mesmo. Elas têm prazer em ser assim. Não quebre a cabeça.
Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.Abra a cabeça.
Abra a cabeça. Primeiro Ato.